A musculação é uma prática comum entre adultos, idosos como também adolescentes, no entanto, esta modalidade ainda apresenta muitas lacunas ao seu respeito. Culturalmente, crianças e adolescentes não são encorajados a aderir a esse sistema de treinamento, principalmente pelos pais, que acreditam que o crescimento natural de seus filhos será interrompido. Nessa faixa etária ocorrem inúmeras mudanças, tanto físicas quanto comportamentais, oriundas do desenvolvimento maturacional, que acontece nessa fase da vida. Estamos aqui para contribuir com argumentos e evidências concretas que o treinamento com pesos pode e deve ser realizado por esta população.

A aderência a treinamentos de musculação não está totalmente livre de riscos, mas vale ressaltar que seus benefícios ainda são muito maiores do que a condição de uma pessoa que não pratica, independente da faixa etária.

Benefícios da prática:

Estudos apontam que o treinamento com pesos é uma atividade muito segura para os adolescentes, inclusive pode contribuir para o crescimento longitudinal desses indivíduos, desde que os movimentos sejam controlados e as cargas bem niveladas.

Para adolescentes que praticam musculação, lesões musculares, articulares e nas placas epifisárias do osso não são evidentes. Inclusive quando  comparados com esportes de contato (rugby e futebol),  a incidência de lesões podem chegar a ser  3 vezes menor. Além disso, os praticantes são beneficiados com o fortalecimento dos tendões,  aumento dos padrões força, como também na melhora da auto-estima [1,2,3]

Sugere-se que toda prática deve ser supervisionada por profissionais habilitados, que possuem conhecimentos técnicos para manipular o treinamento de seus filhos de forma correta e segura.

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1. Frois, R. R. D. S., Pereira, L. A., Cardeal, C. M., Asano, R. Y., Bartholomeu Neto, J., Oliveira, J. F. D., & França, N. M. D. (2014). Treinamento de força para crianças: uma metanálise sobre alterações do crescimento longitudinal, força e composição corporal. Rev. bras. ciênc. mov, 137-149.

2. Lloyd, R. S., Faigenbaum, A. D., Stone, M. H., Oliver, J. L., Jeffreys, I., Moody, J. A., … & Herrington, L. (2014). Position statement on youth resistance training: the 2014 International Consensus. British journal of sports medicine, 48(7), 498-505.

3. Myers, A. M., Beam, N. W., & Fakhoury, J. D. (2017). Resistance training for children and adolescents. Translational pediatrics, 6(3), 137.


Texto produzido com a colaboração do estagiário/acadêmico Andrei Luiz dos Santos Ferreira – UTFPR – MEMBRO DO GRUPO DE PESQUISA EM AMBIENTE, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE – GPAAFS.

Validado por:

Luciano R. Guiraldelli:  Prof. Educação Física (Personal Trainer), Mestrando em Medicina Interna e Ciências da Saúde (UFPR), Membro do Laboratório de Pesquisa Mdicina do Exercício (MedEx – UFPR), Especialista em Treinamento de Força (UFPR) e Fisiologia do Exercício, Licenciadoe Bacharel em Ed. Física (UFPR).